domingo, 30 de agosto de 2009

Vídeo Educar é Tudo

http://www.youtube.com/watch?v=Ta58k4Ivw_M

Educar é Tudo

Letra da Música Educar é ensinar a brincar Educar é ensinar a crescer Estar perto e participar - e divertido, eu sei, pode ser Educar é ensinar a pescar A cantar, a confiar e a jogar É indicar o caminho a seguir É dizer não, dizer sim, motivar Acompanhar, dar carinho e mostrarQue há limites pra tudo Menos pros sonhos Que a gente tem Educar é relembrar e contar As histórias que a gente aprendeu É dar o exemplo, é conversar Sobre aquilo que aconteceu Educar é ensinar a pensar A entender, a perguntar, querer verE também é mostrar como é bom Poder fazer algo pra se orgulhar É elogiar, ficar junto e mostrar Que educaaar é tudo Tudo! Pra melhorar o mundo Que a gente tem Educar é tudo. RBS.

Fernando Pessoa, uma paixão em minha vida!

Poema em linha reta
Fernando Pessoa(Álvaro de Campos)
[538]Nunca conheci quem tivesse levado porrada.Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,Indesculpavelmente sujo,Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,Que tenho sofrido enxovalhos e calado,Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachadoPara fora da possibilidade do soco;Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigoNunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humanaQue confessasse não um pecado, mas uma infâmia;Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?Eu, que venho sido vil, literalmente vil,Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Uma visão breve sobre a vida e a obra do maior poeta da língua portuguesa: - 1888: Nasce Fernando Antônio Nogueira Pessoa, em Lisboa. - 1893: Perde o pai. - 1895: A mãe casa-se com o comandante João Miguel Rosa. Partem para Durban, África do Sul. - 1904: Recebe o Prêmio Queen Memorial Victoria, pelo ensaio apresentado no exame de admissão à Universidade do Cabo da Boa Esperança. - 1905: Regressa sozinho a Lisboa. - 1912: Estréia na Revista Águia. - 1915: Funda, com alguns amigos, a revista Orpheu. - 1918/1921: Publicação dos English Poems. - 1925: Morre a mãe do poeta. - 1934: Publica Mensagem. - 1935: Morre de complicações hepáticas em Lisboa.
Os versos acima, escritos com o heterônimo de Álvaro de Campos, foram extraídos do livro "Fernando Pessoa - Obra Poética", Cia. José Aguilar Editora - Rio de Janeiro, 1972, pág. 418.

Curiosidades

Máquina de Escrever: 140 anos de uma injustiça
Máquina de escrever foi inventada pelo padre paraibano Francisco João de Azevedo, mas patenteada por estrangeiro
Durante a Exposição Nacional, no Rio de Janeiro, em 1861, os cariocas se espantaram com uma máquina diferente, na qual era possível imprimir sinais taquigráficos apenas pressionando teclas. O invento ficou exposto por 44 dias e foi um dos nove premiados com uma medalha de ouro, entre 1.136 participantes. O padre paraibano Francisco João de Azevedo (1814-1880), inventor da máquina taquigráfica, terminoupor transformá-la, com simples modificações, em máquina de escrever. Mas quem levou a fama e a patente foi o inventor norte-americano Christopher Latham Sholes. E Azevedo entrou para a galeria de inventores injustiçados, como Santos Dumont (avião) e Landel de Moura (rádio).Entre junho e dezembro de 1872, um estrangeiro, provavelmente norte-americano, levou o protótipo da máquina de Francisco João de Azevedo para o exterior. O padre teria sido dissuadido a deixar levarem o protótipo com a promessa de que havia pessoas interessadas em fabricá-lo. Em março de 1873, Christopher Latham Sholes apresentou como seu um modelo praticamente idêntico à máquina brasileira para os armeiros Remington, que a industrializaram.Antes de Francisco João de Azevedo, há relatos sobre outras tentativas de se construir máquinas de escrever, em 1714 e 1833. A diferença é que o modelo brasileiro foi o primeiro a funcionar. Azevedo criou seu invento no Arsenal de Guerra de Pernambuco, no Recife, oficina onde se fabricavam equipamentos para o Exército.O padre construiu a máquina taquigráfica pensando em algo prático para registrar discursos e debates orais rapidamente. Em seguida, transformou-a em uma máquina de escrever. Seu desejo era levá-la à Exposição de Londres, em 1862, mas a comissão encarregada vetou o projeto, alegando que não havia mais espaço no pavilhão brasileiro.